sábado, 28 de novembro de 2009

SÍNDROME DE DOWN

SÍNDROME DE DOWN COM BASTANTE CAPACIDADE DE INTERAÇÃO.
DISCIPLINA:INCLUSÃO E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
ATIVIDADE:SEMINÁRIO VIRTUAL
TURMA: RJ07CA.
MEDIADORA:NIVIA PEREIRA MASERI DE MORAES
GRUPO E
Alessandra S. Vasconcelos de Oliveira
Ana Cristina Barros de Oliveira
Bernadete Maria Correa Duarte
Cleidiane Carmo de Freitas
Ludovina Morais de Oliveira Silva
Mônica Maria B. Xavier Santos


A síndrome de Down é decorrente de uma alteração genética ocorrida durante ou imediatamente após a concepção. É uma das anomalias genéticas mais conhecidas porque independe da raça, cor ou classe social para se manifestar. Essa alteração genética se caracteriza pela presença a mais do autossomo 21, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos 21, possui três. A esta alteração denominamos trissomia simples.
No entanto podemos encontrar outras alterações genéticas, que causam síndrome de Down. Estas são decorrentes de translocação, pela qual o autossomo 21, a mais, está fundido a outro autossomo. O erro genético também pode ocorrer pela proporção variável de células trissômicas presente ao lado de células citogeneticamente normais. Estes dois tipos de alterações genéticas são menos freqüentes que a trissomia simples. Estas alterações genéticas alteraram todo o desenvolvimento e maturação do organismo e inclusive alteraram a cognição do indivíduo, além de conferirem lhe outras características relacionadas a síndromes.

Durante muito tempo essa Síndrome ficou conhecida como mongolismo porque as pessoas que apresentavam esse distúrbio tinham pregas no canto dos olhos, lembrando as pessoas de raça mongólica.
De forma geral algumas características do Down são: o portador desta síndrome é um individuo calmo, afetivo, bem humorado e com prejuízos intelectuais, porém podem apresentar grandes variações no que se refere ao comportamento destes pacientes. A personalidade varia de indivíduo para indivíduo e estes podem apresentar distúrbios do comportamento, desordens de conduta e ainda seu comportamento podem variar quanto ao potencial genético e características culturais, que serão determinantes no comportamento.
Embora as pessoas com síndrome de Down tenham características físicas específicas, geralmente elas têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. As características físicas são importantes para o médico fazer o diagnóstico clínico; porém, a sua presença não tem nenhum outro significado. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características; algumas podem ter somente umas poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais da síndrome.

Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.
As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial.

Hoje já existem exames que detectam a síndrome nas primeiras semanas de gestação e isso é importante para que se diagnostique e tome medidas para que se comece um tratamento como forma de oferecer uma melhor qualidade de vida.


O portador da síndrome de Down, como todo portador de necessidades especiais, precisa, primeiramente, se sentir como cidadão integrante da sociedade em que vive, sendo respeitado em suas limitações e alcances.

Com a aprovação da Lei de Diretrizes Educacionais - LDB (Lei 9394/96) foi estabelecido, entre outros princípios, o de "igualdade e condições para o acesso e permanência na escola". Adotou-se uma nova modalidade de educação para "educandos com necessidades especiais". A partir daí, esse tema relativo a Inclusão vem sendo discutido por vários meios. O que é muito significativo para portadores da Síndrome de Down, pois o que podemos entender é que seu grau de desenvolvimento e socialização pode ser bastante satisfatório quando os mesmos são vistos como indivíduos capazes de fazer parte de um mundo designado para habilidosos e competentes.

A Educação de crianças com Síndrome de Down apesar da sua complexidade, pela necessidade de introduzirem-se adaptações de ordem curricular, não invalidam a afirmação da grande possibilidade de evolução destas crianças. Com o devido acompanhamento poderão tornar-se cidadãos, onde consigam crescer e desenvolver suas potencialidades. O aprendizado destas crianças deve começar a partir do nascimento, continuar na infância e na adolescência, sujeito a adaptações curriculares e metodológicas próprias. Envolve não só educadores tecnicamente preparados, mas também os pais, profissionais da área de saúde e a sociedade. Um dos principais objetivos da educação das crianças com SD é o desenvolvimento de programas criativos e ações que resultem em melhor qualidade de vida destas crianças.

A entrada, da criança com síndrome de Down, na educação infantil regular é muito positiva, principalmente quando a inclusão é bem feita, pois a sua socialização começa a se dar de maneira muito fluida. Por exemplo, ela terá que brigar pelos brinquedos e tentar se expressar, nas mesmas condições das crianças consideradas "normais" e isto ajuda muito no seu desenvolvimento, principalmente no que diz respeito a cognição, a linguagem, as habilidades motoras e a socialização.

No entanto, quando o aluno com síndrome de Down, sai do segmento da educação infantil e entra no ensino fundamental, começam a surgir novas questões. Isto porque com o passar dos anos a deficiência intelectual fica mais evidente e, por mais estimulada que a criança tenha sido, ela irá enfrentar alguns obstáculos na fase do ensino formal, como, por exemplo, na alfabetização. ". Por outro lado, observamos que no ensino regular e inclusivo, a criança é que tem que se adequar a estrutura da escola para que sua integração ocorra com sucesso, quando na verdade, o sistema é que deveria mudar e ajustar-se às necessidades de todos os alunos favorecendo a integração e desenvolvimento de todos (Schwartzman, p253). A organização administrativa e disciplinar , o currículo, métodos, recursos e materiais deveriam ser determinantes para inclusão desses alunos com deficiência.

Neste momento, muitos pais ficam em dúvida entre a escola de ensino regular e a escola especial, sem contar que o nosso modelo de educação tem um padrão que não contribui muito para a inclusão. Se de um lado a criança portadora da síndrome de Down tem muito a ganhar em termos sócio-afetivos permanecendo no ensino regular, na maioria das vezes, estas escolas têm poucas alternativas para oferecer a estes alunos na apreensão dos conteúdos em sala de aula.
Em contraste, as escolas especiais que, cada vez são mais escassas, colocam a criança em um ambiente muito protegido e algumas vezes segregador, no entanto, foca-se mais no seu aprendizado formal, usando as ferramentas adequadas para a sua aprendizagem. Então, por que lado optar?
Assim, os pais para escolherem o tipo de escola que vão colocar os filhos terão que pensar nas habilidades e interesses da criança, tendo coerência com as crenças e modelos familiares. Mas, não é assim que agimos com qualquer filho independente de ser portadores de algum tipo de deficiência?
Temos também várias questões a considerar:

A criança com síndrome de Down deveria acompanhar a sua turma regular mesmo quando não apreende os conteúdos formais da mesma?

Existe um benefício do entrosamento dentro de um grupo da mesma idade que pese mais do que o aprendizado em si, ou a criança deveria ficar em uma mesma série até apreender bem estes conteúdos?

E, como fazer diante da discriminação em relação ao aluno portador de necessidades educativas especiais, seja por parte direção da própria escola ou por parte dos pais das outras crianças consideradas "normais?

Mesmo diante de tantas questões, que precisam de atenção especial, defendemos aqui um ambiente escolar inclusivo, pois só isso levará a uma sociedade inclusiva no futuro. A experiência de conviver com um amiguinho portador da síndrome de Down é riquíssima para qualquer criança ou adolescente. Assim, os "normais" aprendem, na prática, conceitos como diversidade, solidariedade, ética e respeito, e todos saem ganhando.

Mas, para que isso aconteça, destacamos aqui a ação do professor que, dentro desse contexto, passa a ser fundamental, pois é ele quem vai lidar diretamente com as diferenças e preconceitos por parte de pais e alunos com também com as expectativas e possíveis frustrações dos familiares portadores da síndrome. Ficou evidente a necessidade de uma formação mais diversificada para esse profissional, incluindo fundamentos médicos, psicológicos, pedagógicos e sociológicos.
Mas, para que essa ação seja efetiva, o professor precisa estar consciente da importância da sua função e de suas ações, porque é na relação entre o educando e o educador que se fundamenta e se concretiza o ato de ensinar.


Referências Bibliográficas:

Schwartznan, José Salomão. Síndrome de Down, São Paulo: Mackenzie: Memnon, 1990.

ABC da Saúde Informações Médicas Ltda. Disponível em http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?393

SCHWARTZMAN, José Salomão, Acesso em 15 de novembro de 2009. Disponível em http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/1820994

educa%C3%A7%C3%A3o-sindrome/

RODRIGUES, Fernanda Travassos, Inserida: 11/9/2006, Acesso em 15/11/2009

http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=10878&cod_canal=33

SILVA, Roberta Nascimento. Rio de Janeiro, 2002, Acesso em 15 de novembro de 2009, disponível em http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/spdslx07.htm#parte1

Um comentário:

  1. É preciso que as pessoas entendam, definitivamente, que o portador de síndrome de Down, bem como qualquer outro portador de necessidades especiais, tenha o direito de socializar-se como um cidadão que se integra e interage na sociedade na qual, queira ou não, nós todos vivemos. Não tem mais sentido, hoje, na era da globalização, permitirmos a exclusão social. É preciso respeitar áqueles, que de alguma forma, possuem limitações. Afinal, quem não as tem?
    Bj
    Mônica

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